Brilha para mim
Faltam poucas horas para fazer um mês desde que me falaste pela última vez. Um mês desde a última vez que me tocaste. Um mês sem a tua companhia, sem a tua voz, sem o teu calor.
Pai, não me levaste ao Starbucks Coffee no Dolce Vita. Não acabaste de me contar como foi a tua adolescência. Não me ensinaste a conduzir. Não arranjaste as colunas do meu quarto. Nem sequer te despediste de mim. Se havia ainda tanto para fazeres, explica-me porque te foste embora!
Queres saber o que eu planeava? Acabava o 12º ano em grande e provavelmente nessa altura já estavas curado, ou quase. Depois as coisas iam ser diferentes, porque eu ia estar muito mais próxima de ti. Íamos passear e eu ia aproveitar todos os segundos a teu lado. Ias aconselhar-me nas minhas escolhas e eu ia mostrar-te quem sou realmente. Ias sorrir para mim e eu para ti. Era bonito, não era?
Podes não querer que eu pense assim e podes até dizer que são coisas de criança, mas não quero acreditar que isto é verdade. Eu sei que é, mas não quero. Tenho sempre aquela sensação que vais aparecer e isso não vou conseguir abandonar tão rapidamente.
Se fosse possível, eras o primeiro a quem eu implorava para voltar, mas assim só te posso dizer uma coisa. Continua a olhar por mim aí de cima, "mor".
Pai, não me levaste ao Starbucks Coffee no Dolce Vita. Não acabaste de me contar como foi a tua adolescência. Não me ensinaste a conduzir. Não arranjaste as colunas do meu quarto. Nem sequer te despediste de mim. Se havia ainda tanto para fazeres, explica-me porque te foste embora!
Queres saber o que eu planeava? Acabava o 12º ano em grande e provavelmente nessa altura já estavas curado, ou quase. Depois as coisas iam ser diferentes, porque eu ia estar muito mais próxima de ti. Íamos passear e eu ia aproveitar todos os segundos a teu lado. Ias aconselhar-me nas minhas escolhas e eu ia mostrar-te quem sou realmente. Ias sorrir para mim e eu para ti. Era bonito, não era?
Podes não querer que eu pense assim e podes até dizer que são coisas de criança, mas não quero acreditar que isto é verdade. Eu sei que é, mas não quero. Tenho sempre aquela sensação que vais aparecer e isso não vou conseguir abandonar tão rapidamente.
Se fosse possível, eras o primeiro a quem eu implorava para voltar, mas assim só te posso dizer uma coisa. Continua a olhar por mim aí de cima, "mor".
Tua S, ♥
Nós os peixinhos temos uma força interior que muitas vezes nem nós próprios temos consciência dela. Simplesmente vamos vivendo, segurando-nos aqui e ali e, aos poucos vamos ultrapassando certas dificuldades que pensámos que não iríamos ultrapassar. Não te conheço há muito, mas há vários pormenores em que já vou descobrindo que tu não és excepção nesse aspecto. Simplesmente vive. O que for surgindo, logo acabas por te adaptar e contornar sem teres por vezes consciência disso. É essa a súbtil força que acho tão característica de nós peixinhos. Nem sempre é fácil, eu bem sei, pois também somos muito sonhadores. Mas se tentarmos alhear-nos de certas coisas, tudo será mais fácil.
ResponderEliminarUm beijo com muita força, muita amizade e muito carinho**