"Sei o que sinto, mas finjo não sentir nada para tentar não sentir"

 Sei ou penso saber. Finjo ou penso fingir. Sinto ou penso sentir. São tantas coisas! Coisas pequenas, mas tantas. É o livro que não foi comprado, a companhia que foi abandonada, o olá que tarda em chegar e o pássaro que não assobia. A estrela que brilha, o sol que não aquece e a fortuna esquecida. A mão que está distante, a flor que não é regada e o sorriso que foi roubado. 
 O melhor seria não pensar no assunto. Deixar os dias passarem e o stress acalmar. Deixar que estes pensamentos aleatórios se cansassem de esperar por uma explicação e fossem embora. Deixar de relacionar sentimentos e pessoas que não têm a mínima relação. Infelizmente, em mim tal não é possível. Não consigo esquecer ou separar as coisas. 
 Por vezes sou como um furacão. Por onde passo, levo tudo à minha frente sem pensar duas vezes. Tenho consciência dos estragos que provoco, claro que tenho. Sei que não devo ser assim, claro que sei. Mas está-me no sangue. Destruo agressivamente e depois assopro calmamente até passar. Até voltar a destruir. 
 Egoísmo, egoísmo. Egoísmo que tanto me assiste. Egoísmo da luz e da escuridão. Egoísmo do calor e do frio. Egoísmo em mim de ti. E egoísmo de ti em mim. Furacão egoísta. Que combinação furacasticamente egoísta. 


Tua S, 

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